Dentro do bom espírito de participação nas aulas o colega Carlos Fidalgo, sugeriu o tema:
Grande abstenção nas eleições em Portugal e porquê?
Assim o Carlos Fidalgo e após uma breve intervenção do nosso professor Joaquim Letria, começámos por definir o que é abstenção em conceito político:
Privação ou desistência voluntária de um ato político, cívico ou social, ao contrário da participação ou intervenção.
E lançou para debate:-Tendo-se verificado uma abstenção no país de cerca de 52% nas eleições para o parlamento, será que:
1.- os políticos não conseguem passar a mensagem junto dos eleitores?
2.- os eleitores já estão fartos de promessas e intenções que depois não são cumpridas?
3.- eleitores que não votaram e dada a elevada abstenção, não haverá o perigo (hipotético) de surgirem partidos populistas que arrastam as massas?
Acompanhando a análise estatística da evolução da taxa de abstenção desde 1975 até 2019 com base no site da POR DATA ver em: Taxa de abstenção nas eleições para a Assembleia da República.
Desde 8,5% em 1975 até a 51,4% de 2019, fica a pergunta, quais os motivos, poderá continuar a aumentar a taxa e que alterações se poderão propor para umas eleições que garantam um governo com maior representatividade?
Num animado debate foram surgindo:
Motivado por entrada dos mais jovens nas listas? Descontentamento generalizado com os partidos políticos e sua falta de identidade?
Propostas:
-Alterar para círculos uninominais? Voto obrigatório? Voto remoto pela Internet?Dinamização nas escolas ?
-Abstenção também será decidir não votar?
Em todos surgiram sempre opiniões diversas, mas foi muito positiva a discussão deste tema.
José Capelo
A abstenção, na minha óptica, deve-se muito principalmente à falta de perspectivas que a sociedade actual oferece aos seus componentes. Paralelamente a isso, a corrupção das familias partidárias, vem-se acentuando de legislatura para legislatura, tudo isto sob o beneplácito de leis que são feitas “à medida” de e para os senhores que as engendram. Não se vislumbra que nos tempos mais próximos algo de substancial se possa modificar. As oligarquias instaladas, foram-se sedimentando o que, para o cidadão comum, deixa um sensação de impotência que leva ao abstencionismo. Os midia, regra geral, são meras correias de transmissão dos poderes instalados, o que não ajuda nada ao esclarecimento da população em geral.
Assim sendo, e caso nada se altere, estou muito céptico quanto à hipótese de diminuição (antes, pelo contrário) da abstenção no actual quadro de politicas existentes, o que faz recrudescer o aparecimento de forças que a coberto do descontentamento reinante, podem conduzir este mundo a monstruosidades ainda recentes e que não poderemos deixar de fazer presentes aos nossos jovens e descendentes.
Disse
David Silva